Bom dia!
Influenciada pelo último Nerdoffice que
saiu essa semana (se quiser ver, clique
aqui), decidi ver Ghost
In The Shell, uma animação japonesa da qual eu nunca ouvi falar.
Agora vou compartilhar com vocês um pouco
da minha opinião sobre esta obra.
Ficha Técnica
Título: Ghost In The Shell / O Fantasma do Futuro
Gênero: Ação / Ficção Científica
Diretor: Mamoru Oshii
Ano: 1995
Sinopse: No ano de 2029, a tecnologia avançou a tal ponto que a mente humana pode ser copiada e parrada para um cérebro cibernético, que habita um corpo cibernético, que tem alma e livre arbítrio. A Major Motoko está investigando o caso de um hacker que está invadindo a mente de pessoas e controlando suas ações, vontades e memórias. Junto com Bateau e Togusa, começa a encontrar uma trama de conspirações e traições no governo.
Minha
opinião: Como eu já sabia
que se tratava de uma história cyberpunk, fiquei interessada em quais os tipos
de modificações e tecnologias poderiam ser apresentadas. Logo no começo do
filme, somos apresentados a Motoko, mas principalmente, a como ela
"nasceu" ou "foi desenvolvida" para se tornar o que é. Só
nesse começo já foi um tapa na minha cara, pois pensei que então a personagem
principal seria um android. Só que no decorrer do filme, descobrimos que,
apesar de todo o seu corpo ser modificado e tem uma porcentagem maior de
engrenagens e membros robóticos do que células, ela é humana.
Por Motoko ser humana que a história fica
menos mecânica. No decorrer do filme somos apresentados a personagens que são
humanos que não possuem nenhum incremento robótico em seus corpos e esses
personagens tem, perceptivelmente, uma diferença de personalidade e de atitude,
pois não tem os mesmos reflexos perfeitos de Motoko. Nos vemos então em uma
profunda discussão filosófica da própria Major, se perguntando se realmente é
humana, se realmente tem uma alma ou se ela acha que é real, mas é somente
programada para aquilo.
E, depois de toda a perseguição, com o
Mestre das Marionetes ter um pensamento “humano” e querer ser reconhecido como
organismo vivo, não como uma máquina, na minha cabeça ficou a grande dúvida: no
final, depois de todo o tiroteio e da adaptação da mente da major para outro
corpo, ela se uniu a mente do ciborg ou não? O final me deixou na dúvida.
Ela pode ter percebido que era uma pessoa realmente, apesar de
terem pensamentos parecidos, não poderia se unir a “mente” da máquina.
Ou ela pode ter se unido sim, ter
finalmente se encontrado completa e o seu renascimento, com um corpo mais jovem
– o que acabou vindo a calhar – é no caso uma representação figurativa do
nascimento do “filho” obtido entre as duas mentes: a da Motoko e a do Mestre das Marionetes. E na última cena, pareceu que realmente foi isso que aconteceu.
Se foi realmente a segunda teoria, foi um
final extremamente corajoso e extraordinário. Mas sinceramente espero que a
Motoko não tenha se unido ao Mestre dos Marionetes não.
Eu assisti ao filme dublado em português.
A dublagem está ótima, com a característica de filme dos anos 90, o que chegou
a ser até nostálgico. São vozes conhecidas da nossa infância, seja de filmes ou
de animes mesmo. Bem legal. Agora tentarei ver o filme em japonês, para poder
ter essa experiência também.
Outro ponto que devo ressaltar é que o
filme tem passagens muito legais, onde apenas assistimos o tempo passar, os
personagens pensarem, a chuva cair. E foram nesses momentos onde pude observar
que a sociedade em 2024 continua a mesma. Independentemente de ter ou não o
corpo robótico, ser realmente humano ou não, quando todos andam na rua, não há
como distinguir quem é humano, quem é modificado, quem é ciborg. E a
ambientação se torna singular.
Termino aqui recomendando que você veja
este filme, que é bem curtinho, porém possui uma história densa e que necessita
de atenção para compreender tudo. E agora vou tentar procurar a continuação
dessa história, pois preciso ter a minha resposta. =)
Beijos,
Betah Peixe
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